Vitória providencial

O Futebol Clube do Porto tirou a corda do pescoço. Para os azuis e brancos esta vitória é duplamente importante. Primeiro permite à equipa continuar a sonhar com a passagem aos oitavos de final. Depois porque vem numa altura em que a moral andava muito por baixo para os lados do Dragão. O Inter veio ao Porto fazer aquilo que as equipas italianas fazem melhor: jogar para não perder. E além dessas já tradicionais limitações transalpinas ao espectáculo, ainda presentearam alguns jogadores portistas com entradas menos amigáveis. Uma equipa que tem Figo, Recoba, Véron, Adriano (um jogador deste nível não deve ficar no banco), Cambiasso e companhia... tem que produzir mais que aquilo que mostrou ontem à noite no Dragão!
O Porto aproveitou e apesar de alguma sorte no primeiro golo, que serenou a equipa, o dois a zero acabou por surgir com naturalidade face à apatia interista. Benni McCarthy rebentou com a fraca amostra de Inter que apareceu em campo. Um grande golo do sul africano que mais uma vez provou ser um dos melhores, senão mesmo o melhor, avançado a actuar em Portugal. Paulo Assunção poderá ser a chave para o meio campo portista que tão pouca protecção oferece à sua frágil defesa.
Também para Andriaanse esta vitória foi importante. Um mau resultado neste jogo, antes da dificil deslocação ao campo do Nacional poderia deixar o técnico holandês em maus lençóis. Agora é preciso devolver a desfeita aos eslovacos do Artmedia, e ganhar em casa ao Rangers. Os oitavos de final estão logo ali.