Benfica e o seu cíclico Dream Team

Opinião

A fase entre Junho e Julho é, ironicamente, aquela em que os principais clubes portugueses (em especial o Benfica) se apresentam com o melhor plantel da época. Verdadeiros dream teams encantam os adeptos mais ingénuos para depois os ceifar com a desilusão da realidade financeira. Ora vejamos só a equipa avassaladora que o Sport Lisboa e Benfica conseguiu reunir (nas páginas de jornal) nos últimos meses: Robinho (a mais recente estrela brasileira foi a primeira grande ilusão - eu confesso que cheguei a acreditar), Rui Costa (há anos que faz parte dos planos do Sr. Jornais Desportivos, eterno treinador de bancada do Benfica, e que se tem revelado, ano após ano, o ícone absolutamente impossível), Maxi López (que assinou pelo Barcelona mal foi dado como certo no Benfica). Mais recentemente (e reparem neste ataque avassalador, ilusoriamente quase de águia ao peito): Kezman (a maior ilusão da pré-época benfiquista que já corre nos treinos do Atlético de Madrid), Saviola (jovem argentino sondado também por alguns clubes espanhóis como o Sevilha, Depor e o Bétis, e que por Espanha deverá ficar), Zalayeta (jogador uruguaio da Juventus que poderá estar envolvido num eventual negócio de troca com Miguel) e, mais recentemente, Tomasson (a par de Zalayeta, projeccção mais realista de todas as aqui referidas. Mesmo assim, o jogador dinamarquês (na imagem), tapado pela concorrência de grande qualidade do Milan, não parece muito convencido a rumar a Portugal).
É nesta fase que os jornais desportivos têm o mérito de fazer os adeptos dos clubes de futebol sonhar para depois os confrontar com a dura realidade de nomes como Beto, Manoel ou mesmo Sandro.
Haja respeito.